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Fringe: Review do Series Finale


Episódios: "Liberty" 5x12 e "An Enemy of Fate" 5x13

Por Etta. Por nós.

Acabou. Fringe chegou ao fim e como esperado, trouxe episódios espetaculares, tensos, eletrizantes e... absurdamente emocionantes. Um final feliz. Um final que os fãs de Fringe sempre sonharam. Sem tirar e nem por, os produtores nos deram um presente, não apenas nesses dois últimos episódios, mas sim, nos treze episódios da quinta temporada. Como é bom chegarmos no fim e vermos que tudo fez sentido, tudo valeu a pena. Cada detalhe foi tratado com coerência e concordância, montando, desenvolvendo e resolvendo os mistérios que 'destruíram' nossas cabeças durante anos e que agora trazem conforto para nossa mente e principalmente, para nossos corações.

Eles souberam se despedir. Cada personagem teve o seu momento, justificando a sua passagem perante nossos olhos. Walter, Peter e Olivia são os personagem mais importantes da série, contudo, o ótimo fim dado a Phillip Broyles, Astrid Farnsworth, September, December, a Resistência em geral e principalmente a nossa querida muuuusa inspiradora Gene, serviram para preencher as lacunas de felicidade que os fãs de Fringe desejaram tanto. Nós os amamos e como na vida real, queremos sempre o bem para as pessoas que amamos. Eles nos deram. Muito obrigado.

Infelizmente a FOX nos privou de vivenciarmos uma semana discutindo, teorizando, destrinchando o episódio "Liberty". O series finale mesmo foi o "An Enemy of Fate". Não houve series finale duplo, houve dois episódios exibidos em sequência, devido a FOX ter decidido acelerar o fim da série. Como seria bom estarmos aqui após "Liberty" apreciando com mais calma os últimos acontecimentos da série.


"Liberty" preparou o fim, juntando as armas para o embate final. Michael estava em posse dos Observadores e Olivia sugeriu a única, melhor e a mais difícil forma de resgatá-lo. Ali começamos a ser presenteados. Voltamos ao Universo B para saldarmos os nossos heróis de lá e para sabermos como estão vivendo após a "separação" dos universos. Muito bom sabermos que estão vivendo muito bem, sem a interferência  observadora, com BOlivia e Lincon juntos e felizes para sempre. Tudo e todos do lado B em constante evolução e Walternativo em constante desaceleração. Precisávamos disso e eles nos deram.

Acompanhamos momentos dramáticos protagonizados por Olivia. Sabíamos que ela não iria morrer, contudo, todos estavam desesperados com as doses cavalares de cortexiphan injetadas em sua nuca. Todos ficaram desesperados com sua ação de busca, correndo risco de vida de todos os lados possíveis. Mas todos ficaram maravilhados com o sucesso da missão, que, trouxe nosso Michael de volta, mas principalmente, proporcionando nostalgia e emoção, servindo de um excepcional prelúdio para o fim que pairava.

Ali acompanhamos Broyles começar a ser descoberto e September ter os primeiros problemas para montar a máquina. Contudo, um sentimento já começava a ficar forte. Nada poderia detê-los. Se raptassem Michael vinte vezes, ele seria recuperado em todas. Qualquer problema que surgisse, seria solucionado. Qualquer barreira seria derrubada. Windmark poderia chorar sangue quantas vezes quiser que não adiantaria. O sentimento da vitória começava a ser sentido e se tornando cada vez mais forte.

No entanto, apenas a vitória não bastaria. Tinha de vir com fervor, raça e vingança. Seria simples demais eles "apenas" levarem Michael para o portal e resetarem o universo. Eles tinham que acabar com os observadores não apenas evitando o surgimento, mas destruí-los literalmente. Olívia e Peter invadiram o prédio dos carecas para acabar com eles da forma que mereciam, a base de muitos produtos químicos (daqueles que sempre lutaram contra), destroçando todos literalmente. Comemoramos cada morte, cada bicho esquisito que saía de seus interiores, cada rosto fechado. Eles entraram e devastaram. Resgataram Broyles e buscaram a peça que faltava para concluir o plano. Um dos momentos mais fantástico de toda série, pois, misturou ação, nostalgia e vingança. Chupa Observadores!

Porém, um carequinha faltava ser destruído. Windmark, assassino de Etta, aquele que sente ódio e que nosso sentimento também é mútuo, tentava de todo jeito recuperar Michael mais uma vez. Até conseguiu, por alguns segundos, mas esse foi seu último ato. Fisicamente, Olívia e Peter não são páreos à ele, mas, Olívia "ativada" e motivada pela vingança da morte de Etta, elevou seus poderes para que pudesse esmagar o crápula, pondo um fim na pior espécie observer que já existiu.


Mas alguém do nosso lado sempre tem que morrer. September perdeu a chance de viver em 2167 com seu filho, ao ser baleado pelas costas. Uma morte indigna e lamentável, mas morreu por seu filho e por nós. Um ser criado cientificamente que entrou em nossos corações desde as primeiras aparições e que foi embora, portanto, sendo peça crucial para o êxito do plano. Vá com seu Deus, September, e descanse em paz.

Sobrou para Walter. Ele que já estava preparado para isso, não titubeou ao ver September no chão. Chamou pra si a responsabilidade e deu um fim à raça observadora, indo viver o resto de sua vida em 2167 com Michael. Um dos momentos mais emocionantes do episódio. Walter, nosso herói, partindo para salvar a humanidade, porém, não antes de zombar dos observadores flutuantes. Esse é o nosso Walter. 

Um spin-off do restante da vida de Walter naquele tempo seria pedir muito?

Deu certo. O plano de Walter e September resetou a time line e a invasão dos Observadores em 2015 foi evitada. Pra deixar claro, tudo que vimos até 2015 não sofreu mudança alguma. Walter e os Observadores deixaram de existir a partir daquele momento, no momento onde tínhamos visto a invasão, parecido com o que aconteceu com Peter na temporada passada. O que vimos até o fim da quarta temporada fica como está, inclusive as pessoas que vivenciaram ela. Nina está viva, por exemplo.


Acima de tudo, Fringe mostrou ser uma série baseada no amor. Sempre ficamos fascinados com o seu lado sci-fi, mas quando a série toca no amor, vai fundo. O amor de pai pra filho fez Walter invadir outro universo e colocá-los em guerra. Ele não se arrepende nadinha disso, ainda bem. O amor de pai pra filho fez September lutar contra o invencível mundo observador, salvando seu filho, além de usá-lo para salvar o seu novo amor: a humanidade, principalmente Walter e cia. O amor de mãe para filha ativou uma natural super mãe para que pudesse canalizar todo seu poder para destruir a maior praga da série. Windmark. Enfim, por isso que a série é espetacular, pois, juntou duas coisas praticamente distintas e conseguiu fazê-las funcionar de forma coesa, intrigante e emocionante.

Assim, Fringe se despede com um final feliz, com Peter, Olivia e Etta vivendo felizes para sempre. Com isso, nós que amamos esses personagens, estamos nos sentindo da mesma forma, felizes e com gostinho de missão cumprida. Valeu cada segundo. Fringe vai fazer muita, muita falta. Não foi uma simples série, foi quase que um membro de nossa família. 

O que conforta é sabermos que a série deixou uma obra que poderá ser vista quantas vezes quisermos e a cada uma delas, aprofundarmos em algo que passara desapercebido naquele momento. A série gerou um grande quebra-cabeça que foi resolvido no final e ao revê-la, degustaremos das história linear, sem a ótima dor de cabeça com as teorias, mas com a certeza de que tudo ali fez sentido e foi bem montado.

Closed é o glifo que fechou a série, mas eu prefiro encerrar a última review da série com um simples e humilde muito obrigado Fringe.