Crítica - Cinema: "Bohemian Rhapsody"
Não é de se espantar o grande filme que seria Bohemian Rhapsody. Além de nomes consagrados na produção como Bryan Singer, Robert De Niro, Graham King, entre outros, o longa conta com Rami Malek (Mr. Robot) como protagonista, vivendo a lenda do Rock chamada Freddie Mercury. Com um enredo já conhecido, o longa tinha que retratar bem o que foi o artista alma da banda Queen, situação que, pela grande notoriedade, poderia ser levada do céu ao inferno, mas como bem disse o filme, o furo no céu era certo.
Para os leigos, Freddie Mercury era um grande cantor que se perdeu no meio das drogas e da putaria, acabando morrendo decorrente disso, após se contaminar com o vírus da AIDS. Mas o filme mostrou muito mais além disso, mostrou não apenas o que um ídolo do Rock deve ser, mas também, qualquer pessoa quer queira atingir seus objetivos.
Primeiramente ele nasceu com um dom inestimável. Um timbre de voz único e muitas vezes inalcançável. Ele entrar em uma banda de Rock foi a coisa mais fácil de acontecer, e os integrantes do Queen foram extremamente sortudos de acolhê-lo. Mas daí pra ter sucesso, pra chegar onde chegaram, precisaria de muito mais.
Freddie mostrou que não apenas nasceu com o dom, mas principalmente, nasceu com uma vontade de ser o que quiser. Acreditava muito em si e em seus companheiros e sabia onde poderia chegar. Venderam o que tinham para produzir uma demo e acabaram agraciados por um olheiro. Sim, teve sorte nisso, mas como vimos, quem acreditou em Freddie foi quem teve bem mais sorte com isso.
Uma ascensão meteórica, com turnês marcadas por todo território americano e posteriormente, mundial. Uma lenda que seguiu seu rumo sem olhar pra trás, arrastando multidões e deixando sua marca onde passava. Mas a vida pessoal e as más companhias foram os maiores obstáculos que passaram por sua vida.
Nesse meio tempo fomos conhecendo o nascimento das principais músicas da banda. O leigo, de novo, achava que Freddie era homossexual, mas ela assumia sua bissexualidade. Nesse amor, primeiro, nasceu a canção "Love in my life", um hino para o amor. Canção escrita por Freddie que homenageava o seu grande amor e que teve papel importante no filme: Mary Austin.
Um amor verdadeiro que supriu os limites da vida louca de Freddie e acabou ficando ao seu lado até sua morte. Um amor que ser tornou uma linda amizade, que, no fim, serviu para abrir seus olhos e mostrar a ele o verdadeiro objetivo de vida: as pessoas, a família e amigos.
Solitário, confuso e doente, Freddie quase morrera sozinho, rodeado de aproveitadores no momento que largava sua banda e seguia carreira solo. Um lado que muitos artistas e lendas do Rock seguiram e não conseguiram voltar, pois o sexo, drogas e pessoas falsas não deixaram. O tal "Yoko ono" da banda esteve presente, bem representado pelo personagem Paul Prenter e que também teve o fim merecido.
Tecnicamente o filme é excelente, com um elenco não muito conhecido em Hollywood mas de grande valor. Além de Rami Malek, Gwilym Lee, que viveu Brian May, esteve impecável, como também a maioria do elenco. A edição deixou bem explícito os momentos de sua carreira, tal como as produções musicais com composições que se tornaram uma bandeira do Rock, como a música que dá nome ao filme, Bohemian Rhapsody. Tudo isso, é claro, atrelado a uma fotografia incrível.
Recheado de grandes sucessos, tocados de maneira quase que completas, o filme foi facilmente digerido pelos fãs do Queen, que além de degustarem novamente suas canções, conheceram os bastidores dos integrantes da banda de forma íntima, culminando no show que reuniu a banda e dando desfecho a essa fenomenal carreira em um evento beneficente aos africanos necessitados.
Algumas falhas na cronologia foram sentidas, como por exemplo, a descoberta da doença de Freddie, que foi após o Live-Aid de 85. E também, outros acontecimentos adaptados ao longa, mas que também não fizeram grande diferença.
Recheado de grandes sucessos, tocados de maneira quase que completas, o filme foi facilmente digerido pelos fãs do Queen, que além de degustarem novamente suas canções, conheceram os bastidores dos integrantes da banda de forma íntima, culminando no show que reuniu a banda e dando desfecho a essa fenomenal carreira em um evento beneficente aos africanos necessitados.
Algumas falhas na cronologia foram sentidas, como por exemplo, a descoberta da doença de Freddie, que foi após o Live-Aid de 85. E também, outros acontecimentos adaptados ao longa, mas que também não fizeram grande diferença.
Uma lenda, das poucas que a humanidade presenciou. Um dom único e uma obstinação incrível! Um coração imenso e uma inocência sem tamanha que acabou com sua vida, mas que teve tempo de se redimir e morrer com a redenção necessária.
Freddie Mercury nos deixou, mas suas canções se tornaram eternas. Mas o filme é extremamente relevante para mostrar como ele conseguiu isso, deixando exemplos para serem seguidos e outros nem tanto. Contudo, seu legado de humanidade será para sempre lembrado.
⭐⭐⭐⭐⭐