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Primeiras Impressões de Bates Motel


Bates Motel: está nascendo uma grande série ou uma grande porcaria? Por enquanto escolho a primeira opção.

Prelúdio de Psicose: famoso filme de Alfred Hitchcock da década de 60  e baseado também no romance "Psycho" de Robert Bloch que deu origem ao filme. A série é criada por Anthony Cipriano e tem produção de Carlton Cuse (Lost) e Kerry Ehrin (Parenthood), tendo plataforma estabelecida nos dias atuais. 

Na história, conhecemos dois personagens principais: Norman Bates e sua mãe Norma Louise Bates. Duas pessoas que formam uma família, após a morte do pai de Norman e do "exílio" de seu irmão. Após a perda de seu marido, Norma segue rumo a uma nova vida e decide comprar um hotel, porém, a nova vida começa muito diferente do que imaginava.

A série é nitidamente de qualidade: produção impecável, fotografia, figurino, direção de arte... enfim. Tecnicamente nota-se que a produção caprichou. O roteiro nem tanto. O enredo é chamativo e envolvente. Logo nos primeiros minutos conseguimos nos conectar facilmente com a história e ficamos presos a ela, absorvendo o suspense que o momento pede. Diálogos concisos e diretos, fazendo a gente acompanhar cada frase tranquilamente.

O elenco também é bom. Poucos personagens apareceram, mas nota-se que o elenco é de qualidade. Destaque para Vera Farmiga que vive Norma. A atriz deu um show nesse piloto, principalmente na cena onde é estuprada.

Nesse piloto começamos a acompanhar a vida de Bates Motel e nota-se que aquele lugar é um poço de mistério, intrigas e terror. Norma parece decidida a passar por cima de todos os percalços para se estabelecer ali, transparecendo que até irá interferir no desenvolvimento da cidade. Enquanto, claro, vive os problemas de criar seu filho, e os típicos problemas adolescentes.

A série é muito boa, mas não mostrou-se perfeita. Alguns momentos típicos de insultar a inteligência foram notados por mim: policiais rondam a casa dos Bates de madrugada e Norma deixa eles entrar, colocando em risco a sua situação pós assassinato. Poderia ter inventado outra desculpa, pois, os policiais estiveram a centímetros do cadáver e por pouco não descobriram o assassinato. Ela deixou eles entrar e deixou um deles usar o banheiro onde estava o morto. A cada 10 situações dessas na vida real, 11 são descobertas.

Mas isso é até compreensível, pois, Norma não queria levantar suspeita alguma. Tudo bem, mas os detalhes bem produzidos é que fazem uma grande série e se os produtores ficarem atentos para isso, tenho certeza de que a série será em pouco tempo, uma das melhores séries da atualidade.

Sem falar (já falando) que cinco lindas garotas em um carro conversível conhecem Norman, joga-o para dentro do automóvel, senta em seu colo, telefone, enfim. Bom de mais pra ser verdade, não? Mas, ok. Passa.


A série é exibida nos EUA pelo A&E e recebeu uma encomenda de 10 episódios para sua primeira temporada. Ainda não existe informações quanto a exibição da série no Brasil.

Nota 09/10