Dexter: "The Dark... Whatever" 7x10
Um episódio ruim como esse a essa altura do campeonato? Ah, "Cavaleiro Sombrio"... Ah, vá! Fuck!
É o que se paga quando se termina um interessante arco precocemente. Após a morte de Sirko, pouco restou de trama para ser desenvolvida e em um espaço de tempo relativamente bom. Três episódios e restavam mostrar como terminaria a investigação de Laguerta, que, desde o primeiro episódio, caminhava a passos de tartaruga; e como terminaria o romance conturbado de Dexter, atrelado ao seu "problema" com Deb. O que resta a ser mostrado nos dois últimos episódios? Exatamente o descrito acima. Praticamente nada andou. Esse é um típico episódio filler, porém, mal feito.
Detalhe de que a investigação de Laguerta seque a passos lentos, como disse, mas que todos já sabem desde o início o seu desfecho, que é a queda da máscara de Dexter publicamente, puxando um ganho para a próxima temporada. Que dizê...
Se a estrutura desse episódio fosse adotada nos primeiros episódios da temporada, até passaria batido. Foi um episódio típico procedural americano, onde entram com um caso com início, meio e fim. O caso desse episódio foi até aceitável, dentro de outros que a série mostrou, mas, completamente desnecessário a essa altura dos acontecimentos. Não só o aparecimento do pai de Hannah, quando ao "assassino incendiário"
Seu desfecho veio ainda para piorar as coisas. Dexter aceitando a ausência de seu Dark Passanger? Não!!! Isso é fato consumado na série! Claro que não é espirito ou coisa do tipo, mas a necessidade de matar é notória. Suas feições mudam drasticamente quando (teoricamente) seu Dark Passenger toma conta de si. Esse nome é uma das coisas que os fãs mais adoram, e a essa altura, pejorar com o nome "Cavaleiro Sombrio", foi uma das coisas mais absurdas que já vi na série.
É o mesmo caso de Harry, seu pai, e também, o seu famoso código. Esses assuntos devem permanecerem intactos para o bem da série. Harry é como se fosse o sub-consciente de Dexter que é ilustrado pela imagem de seu pai. Harry é a ilustração do código, quando Dexter tende-se a fazer besteira. Ele não existe fisicamente da mesma forma que o Dark Passanger, mas, eles são parte de Dexter e isso tem que ser mantido assim. É uma espécie de "Pai, Filho e Espirito Santo" de Dexter. Deixem como está (estava), para não piorar ainda mais as coisas.
Não sei como ainda insistem com o personagem Quinn na série. Já deveria estar morto a muito tempo! Ele e esse plot que começou interessante e que agora, está incomodando. Comemorei quando ele socou aquele crápula, dando esperança que o desfecho estaria próximo, mas... para a minha surpresa, retrocederam de forma bizarra e com um grande furo no roteiro.
Quinn termina o episódio tirando Nádia da boate, após espancar George. Todos esperavam que George iria se vingar e que Nádia nunca mais iria voltar a trabalhar na boate. Mas que, inexplicavelmente, Nádia re-aparece ao lado de George, com o crápula fazendo joguinhos psicológicos à Quinn, culminando com o seu assassinato. Os produtores resolveram encerrar esse plot na marra, de forma pífia e ridícula. Lamentável.
Por que DIABOS Dexter não foi chamado para analisar a cena do crime na boate? Outro grande furo de roteiro! Não venha me dizer que ele foi chamado e não foi, rejeitando aquele telefonema de Deb. Normalmente ele é chamado antes da polícia adentrar à cena do crime, que não foi o caso. Ele desvendaria a armação do Quinn, sem dúvida.
Quinn segue roubando provas da delegacia sem que nada aconteça a ele. Segue forjando cenas de crime, engando profissionais. Ele segue fazendo todos de idiota por uma vagabunda que conhece a pouco tempo. Mas o pior não é isso. O pior é que os roteiristas seguem nos chamando de idiotas pensando que a gente vai aceitar isso, empurrado à goela a baixo.
Enfim, apagarei esse episódio da ainda ótima temporada de Dexter, torcendo para que eles não estraguem (novamente) a reta final da temporada, que, caminhava a passos largos para ser uma das melhores temporadas da série.