Crítica - Vingadores: Ultimato ⭐⭐⭐⭐
É o fim de uma era. Ou não.
"Vingadores: Ultimato", o filme que daria um fim para a saga cinematográfica mais popular do mundo. E deu, de certo modo, porém sabemos que nesse meio cinematográfico as palavras "fim" e "morte" são subjetivas, e o futuro deve nos mostrar que novas histórias desse universo de vingadores virão.
O filme traz grandes e espetaculares momentos, como de praxe dos filmes do estúdio. As cenas de ação são sempre acima da média, e aquele alívio cômico tradicional também foi bem utilizado. Costumo dizer que estruturalmente os filmes da Marvel são "todos iguais", pois consistem em uma produção espetacular, com roteiro bem amarrado e com um final, na maioria das vezes, feliz.
Falando de roteiro, é o grande acerto do filme. Impressionante como amarram bem a história, desde a continuação propriamente dita de Guerra Infinita até os outros filmes da Saga. Não se pode ver Vingadores Ultimato se tiver perdido algum filme da franquia. Você ficará perdido em algum momento, não terá a mesma experiência, pode ter certeza. Vingadores é uma série de cinema.
E não deve ter sido fácil roteirizar tudo isso, pois o filme abrange várias linhas temporais e viagens no tempo. Um erro cronológico não é difícil de acontecer, mas à primeira vista, sem abranger detalhes e teorias, eles foram ótimos nesse aspecto. Os filmes recentes da franquia como "Capitã Marvel" e "Homem Formiga" tiveram papeis importantíssimos em Vingadores Ultimato. Mas esse universo de viagens no tempo e linhas temporais, sempre abrangem bem mais teorias e discussões do que a realidade, propriamente dita.
Vejo críticas sobre furos nesse quesito, inconsistências e incoerências. Contudo, esse nicho deixa mesmo pontas abertas para discussão, mas aí que vem o melhor: é isso que queremos, pois com pontas soltas podemos nos debulhar ainda mais nesse grande universo cinematográfico.
Vejo críticas sobre furos nesse quesito, inconsistências e incoerências. Contudo, esse nicho deixa mesmo pontas abertas para discussão, mas aí que vem o melhor: é isso que queremos, pois com pontas soltas podemos nos debulhar ainda mais nesse grande universo cinematográfico.
E desde o início já nos preparamos para algo trágico no filme. A Viúva Negra estava triste e solitária demais. Após o sumiço da metade da população, ela teve que dirigir os Vingadores que sobraram, e ficou claro que ali era tudo que ela tinha na vida, fazendo e tornando seu sacrifício bem mais viável. O Homem de Ferro começou o filme dilacerado, desmotivado, mas não conseguiu se manter longe e deixar seus amigos na mão em uma boa, clara e manifesta segunda chance.
Aproveitando e já falando da morte de Tony Stark, o momento mais emocionante do filme, concluo que foi uma bonita e digna morte. Pra salvar a metade da população mundial, três Vingadores morrerem (Homem de Ferro, Viúva Negra e Gamora), ficou de muito bom tamanho. Mas a morte de Stark era mesmo necessária? A luva com as joias passou na mão de tantos antes de chegar a ele e ninguém teve a ideia de colocá-la e estalar os dedos? Algum zé mané poderia ter feito isso, não?
Tudo bem que a primeira alternativa era levar a luva para a van quântica, mas era um risco muito grande a se correr, pois poderia voltar para as mãos de Thanos, ainda mais no meio daquela grande guerra. Como acabou acontecendo, mas felizmente Stark conseguiu retirar as pedras e passar para a sua luva. Mas repito, algum zé mané poderia ter feito isso, mas pra ficar bonito, tragicamente emocional, partiram para essa alternativa.
Tudo bem que a primeira alternativa era levar a luva para a van quântica, mas era um risco muito grande a se correr, pois poderia voltar para as mãos de Thanos, ainda mais no meio daquela grande guerra. Como acabou acontecendo, mas felizmente Stark conseguiu retirar as pedras e passar para a sua luva. Mas repito, algum zé mané poderia ter feito isso, mas pra ficar bonito, tragicamente emocional, partiram para essa alternativa.
Essa pequena ressalva separou o filme entre excelente e perfeição. É um excelente filme.
Mas duvido muito que a história do Homem de Ferro tenha chegado ao fim. Vão inventar alguma coisa, holograma, sei lá. Vão inventar, isso é Cinema, amigos.
O "fim" do Capitão América é algo que é difícil de se reverter, plausivelmente falando. Esse sim teve o fim que mereceu. Um dos mais importantes Vingadores lutou como nunca, e após missão cumprida, voltou para seu amor, Peggy Carter, e viveu ao seu lado até a velhice, felizes para sempre. Que final lindo de se ver.
Porém, um pouco antes disso, fomos agraciados pela dignidade do Capitão, o ápice do filme, com ele recebendo o martelo de Thor e usando contra Thanos. Foi sensacional! Melhor parte do filme.
O filme deixa dúvidas quanto às linhas de tempo, pois terão dois Steve Rogers vivendo no passado, entre outras dúvidas, mas que parece que irão ser esclarecidas nos próximos filmes da franquia. O próximo Homem Aranha, por exemplo, já aborda isso, como "rasgo no tempo", entre outros. É aguardar para ver, e, por isso mesmo, reitero, a palavra "Fim" no cinema e na TV é sempre subjetiva. E o fim dessa fase de Vingadores não termina em Ultimato, como muitos achavam, e sim, no próximo Homem Aranha.
Impressionante como Thanos se tornou imbatível, como ele mesmo disse. E de fato ele é mesmo. Juntaram TODOS os Vingadores e um exército... Ninguém conseguiu detê-lo na mão, propriamente falando. Ele apanhou e bateu muito, muito mesmo. Incrível como ele conseguiu aguentar tanta porrada, magia, raios, trovões e ainda sobreviver. Tiveram que apelar para o estalo de dedos mesmo.
Até certo momento aquela guerra se tornava impossível. Mas restou imaginarmos como eles conseguiriam vencê-la, pois óbvio que isso iria acontecer. Mas o grande acerto é que ficou impossível de imaginar a forma que iriam conseguir isso, portanto, nesse caso, o estalo de dedos veio a calhar.
Gamora teve papel importante nesse filme. Mesmo "morta" na time line atual, nossa garota verde voltou com Thanos e foi preponderante para o desfecho da trama, pois se rebelou contra seu pai, acreditando em sua irmã. Ela deve ter ido para o mesmo lugar que Thanos e sua tropa foram após Stark estalar os dedos, continuando morta na atual linha do tempo.
Destaque especial para o "novo" Hulk. Bruce vinha tentando acessar o máximo do homem verde, mas nesse filme acabou ficando no "meio termo". Foi bom porque ele conseguiu usar suas duas forças: inteligência, que ajudou os Vingadores com as viagens no tempo, e claro, sua força física, que serviu para trazer a metade da população mundial de volta, 5 anos depois. Mas fica a decepção de não vê-lo lutando contra Thanos, pois seria uma revanche da surra que ele tomou em Guerra Infinita.
"Vingadores: Ultimato" é um filme histórico, grande e grandioso. Esteve no nível que os fãs esperavam e foi feito pra eles, premiando todos que viram e vivenciaram toda a saga da franquia desde "Capitão América: O Primeiro Vingador", cronologicamente falando. O longa abordou toda a saga, principalmente devido às viagens no tempo, com reencontros importantes e emocionantes, além de lutas icônicas entre os "Capitães América".
Um presente bem recebido, e nós, só temos a agradecer.
PS: A avaliação, 4 estrelas, de 5, pode ser considerada um 9.5 de 10. O filme não foi perfeito, como conclui, mas mesmo assim entra pra história como um dos melhores filmes de super-heróis já feitos, se não o melhor.
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PS: A avaliação, 4 estrelas, de 5, pode ser considerada um 9.5 de 10. O filme não foi perfeito, como conclui, mas mesmo assim entra pra história como um dos melhores filmes de super-heróis já feitos, se não o melhor.
⭐⭐⭐⭐