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A 1ª Temporada de GLOW


Nem tudo precisa ser perfeito para entreter.

Vamos direto ao ponto: "GLOW presta?" Respondendo de forma bem indireta: "Sim e Não".

Mas você não vai perder seu tempo assistindo os 10 episódios disponibilizados para sua primeira temporada. Tem momentos que divertiram e outros não, contudo vou centralizar no principal ponto positivo da série: a nostalgia que nos remete aos anos 80.

Lá vem aquele papo de velho, confere? Muitos que não passaram a infância na década de 80 vão dizer isso. E é verdade, para apreciar as referências que foram exibidas na série, preferencialmente têm que ter vivido aquele momento para a apreciação total.


A "Luta livre" existe até hoje, porém, se popularizou no Brasil na década de 80, e, como foi bom acompanhar esses momentos pelas noites no SBT. Não tínhamos muitas opções como temos hoje, e, na infância somos inclinados a "acreditar em tudo". É uma clara encenação, mas, divertida. GLOW mostrou-se bem ao relembrar esses momentos, ainda mais protagonizado por mulheres.

Outra referência marcante trata-se das roupas, clima, trejeitos, tecnologia... Enfim, tudo. Víamos o quão era jeca aquela época saudosa. Da mesma forma que poderemos falar a mesma coisa dos dias de hoje daqui a 20 anos, não tire sarro de nós.

Ruth Wilder (Alison Brie) é uma atriz sem trabalho e sai em busca de uma última tentativa de viver o seu sonho, quando descobre uma série semanal de luta livre. A série gira em torno dessa personagem que em vários momentos deixa a desejar. Em muitos momentos foi mal aproveitada e em outros arrebentou. É aquela dualidade que eu disse sobre a série no início do texto.


É uma série cômica mas não proporciona graça o tempo todo. Tiramos uma risadinha aqui e outra ali, contudo o drama de Ruth, sua amiga Debbie e o diretor Sam segue preenchendo o roteiro, que, muitas vezes tem falhas, como: Ruth em nenhum momento diz para sua amiga que não sabia, a princípio, que estava transando com o seu marido, por exemplo.

Enfim, mesmo com bem mais baixos do que altos, prefiro focar nos pontos altos da série e desde já recomendar relevar alguns aspectos para quem pretende assisti-la. Seu season finale foi muito bom, engraçado, empolgante, revelador e surpreendente. Podia ter sido assim durante toda a temporada.

Mesmo assim, deixou um gancho que a história pode continuar, agora com o programa ganhando espaço na TV. Se a Netflix tivesse cancelado o programa, confesso que não faria falta. Já que planejam uma nova temporada para GLOW, que venha, de bom grado. Alison Brie nunca é demais. 

⭐⭐