The Following - 1x09: Love Hurts
A primeira vez é sempre a mais
difícil.
Neste ultimo episódio de The
following fomos introduzido a um novo capitulo, amar machuca (Love Hurts) e
esse foi o tema que rondou todos os quarenta minutos. Sim, foi isso que The
Following fez, pegou um tema e aplicou a aos arcos de todos os envolvidos, se
voltarem ao episódio e reassistir perceberão que o amor machuca de todas as
formas e em todos os momentos, e nada melhor do que quando uma série sugere um
tema e consegue envolver todos os seus núcleos a partir deste pressuposto.
O amor machuca primeiro Joe, que
ainda ama alguém que não é exatamente sua e perdeu para o seu maior inimigo
Ryan, soa clichê e era para ser realmente, mas a história consegue se
reinventar e transformar o clichê em algo que pode e foi bem aproveitado,
trazendo uma criatividade tamanha. Funcionou tão bem a fórmula, principalmente porque surpreendeu e foi algo
jamais visto e é tão maravilhosos assistir, algo que tem tudo para ser “mais do
mesmo” e consegue inovar.
Matar todas as Claire Mathews não
atiça apena o amor que Ryan sente pela mulher, assim como ele sente pelos
humanos, porque se dermos um volta pela princípio da temporada, cada morte de
um inocente é transformada em dor para o protagonista. Ele se sente impotente
perante os assassinatos ocorridos e Joe sabe perfeitamente disto e abusa do seu
ponto mais fraco. E o amor machuca novamente, machuca não apenas Ryan, mas as
mulheres assassinadas.
Começa então o outro lado deste
amor, de uma única mulher responsável pelos assassinatos, a nova seguidora de
Joe se estabelece e se ergue a partir de uma ideia de traição que foi bem
elaborada pelo episódio e deixa tudo mais inteligente do que já poderia ser.
Hardy já havia dito, eles estavam lidando com mais do que criminosos, e sim com
pessoas que possuíam algum tipo de trauma e uma promessa de vida melhor. Foi
maravilhoso ver como a mulher defende Carroll apenas pela a identificação,
embora ele tenha sido de muita ajuda. Chega ser engraçado também a forma com que
Ryan brinca com estes sentimentos e manipula a assassina e reverte a situação,
só demonstra que ele pensa exatamente com Joe.
Uma manipulação que é feita após
uma sequencia bastante tensa de perseguição e que lembra muito as
características de Kevin Williamson, que outra vez demonstra que sabe lidar
muito bem com o público e insere cenas como estas para dá um clima de suspense
enorme, muito maior do que já deveria, porque sem este momento, teríamos ainda
assim um episódio maravilhoso, porque o texto é bom, o clima é bom e o roteiro
divino.
Por outro lado existe uma nova
construção de um amor cruel, o que parte de Emma ao seu ídolo, um amor que se
confunde com fanatismo e chega à obscuridade da personagem que já está mais que
óbvia. Emma é a cópia perfeita para tudo aquilo que Joe representa, má, egoísta
e ainda por cima, consegue passar frieza, não tanto quanto o mestre, mas ainda
assim a passa. Logo observá-la encarando
o ex-namorado “morto”, foi encantador e ela estava precisando de um momento
como este.
Não foi tão surpreendente quanto
a primeira morte de Jacob, depois do flashback macabro que inserido eles vêm
com uma nova premissa do “amor machuca”, desta vez este tema parte para Jacob e
Paul, mesmo sem ter matado antes, Jacob realizou o desejo de Paul, levá-lo para
um mundo melhor, dá um sentido a sua vida.
Na verdade a vida e a morte
continuam sendo muito bem exploradas, quase como se fossem personagens, elas
necessitam de um plot, de uma personalidade que façam os outros circularem ao seu redor, é desta forma que
Carrol trabalha, ele usa a vida para justificara morte, ou até mesmo a morte
para justificar a vida e é assim no caso
de Jacob. E até escondida nas
entrelinhas o tema principal do episódio sondava, na mãe de Jacob, vendo um
filho assassino e mesmo assim não o entregando e sofrendo com a situação.
The Following faz outro episódio
bastante interessante, bem estruturado e inteligente. Já virou costumeiros os
elogios a série, mas eu não posso ficar mais feliz em ver uma série como esta,
já nos aproximamos do final e, pelo menos eu, já estou com o coração palpitando
de ansiedade.