THE FOLLOWING - 01X08: WELCOME HOME
Até onde vai a lealdade.
Este foi o tema principal de The
Following, a Lealdade exagerada presente dos dois lados, embora de um lado seja
certamente coeso e são, o outro parece ter uma lealdade deturpada sobre uma
única visão, Joe Carroll é deus. Algo tão explicitamente mostrado as dezenas de
seguidores que o esperavam. E esta multidão é evidenciada nas palavras da
primeira vitima do episódio “estamos em todo lugar, somos seus pais, seus
vizinhos, suas namoradas...”, um contexto excelente para algo que The Following
vêm fazendo, ganhando o público cada dia mais em, principalmente,
imprevisibilidade.
Imprevisível são as reações dos
seus personagens, não a de Joe e Ryan, que tem uma linha de acordo com a
personalidade, mas as dos personagens secundários. Existiu praticamente dois
momentos de suicídios, todos dois apenas em veneração a Joe Carroll, todos dois
a mando dele, ou seja, todos dois, indiretamente ou diretamente orquestrado ou
executado pelo próprio assassino. Embora nem de longe o primeiro trouxesse a
mesma complexidade do segundo.
Um homem que ama tanto o ídolo a
ponto de pagar o erro com a própria vida, apenas para estimular o seu mestre, e
o mais engraçado de tudo isto é que a edição e a trilha sonora do momento
tentava passar a todo o momento aquela situação como algo emblemático. A
pergunta que ficou na minha mente era se teria sido ironicamente, ou de
verdade. Porque se houve alguma intenção de tornar a cena emocionante, eu
garanto, não deu certo! A única reação que eu obtinha era “qual é o problema
deste grupo?”.
E as reações estranhas não
pararam por aí, Emma mostrou sua lealdade entregando-se a Joe, e é neste ponto
que o fanatismo se transforma em amor real, amor carnal e é bem possível que
Emma seja a pessoa responsável por qualquer dos males que acontecer com Claire.
Seria um ciúmes, atrelado a vontade de matar, junto com a frieza que a garota
tanto possui.
Conhecer Rodrick não foi algo
exatamente arrebatador, foi até então conhecer outro membro da seita, embora
este tenha alguns distúrbios mais acentuados, como tentar estrangular a própria
parceira, porém é desta forma que fica evidenciada a relação que os seguidores
possuem com a morte, ou até mesmo com a vida. Eles precisam sentir algo,
precisam sentir o medo, como diz Ryan, precisam sentir que a sua vida lhe de
algo, pensamento de Charlie. E é desta forma que matar transparece ser algo
esplendoroso, ainda que seja um ato terrível.
Por outro lado, a lealdade de
Weston não é apenas heroica como de fato, transparece aquele lado fanático, é
como se eles quisessem expor que não apenas Joe tem personalidades ao seu lado
capazes de fazer tudo por eles, Ryan
também possui, seja a agente, ou Weston, que até então são os que mais o apoiam
na decisão.
Algo que me incomodou um pouco,
sempre que existe uma série que se trata do FBI elas fazem questão de expor alguém que é o responsável pela
dificuldade de execução dos planos, ocorre. Alguém que necessita provar a todo
mérito a autoridade e The Following que até então não se encaixava neste padrão
começou a ser envolvida por este mesmo esquema. Apenas porque um personagem
avulso se acha mais importante do que aqueles que para ele trabalham.
Irritante, eu diria, tentar a todo tempo rebaixar Ryan, enquanto o rapaz nem se
preocupava, pois sabia que de uma forma ou de outra o FBI iria precisar dele a
qualquer momento.
Outro episódio bom de The
Following, apesar dos momentos mais racionais, a série ainda conseguiu trazer
suas cenas de ações que foram bastante empolgantes, até porque matar
coadjuvante não é problema para Kevin. É
este nível de qualidade que as outras estreantes precisam, porque até
agora The Following mostra uma superação em um vale de diferença.