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THE FOLLOWING - 01X07: LET ME GO


E por incrível que pareça a seita é muito maior do que poderíamos imaginar.

Eu nunca tinha parado para pensar na possibilidade da construção de seguidores em algo que é tão desumano e subjetivo. Porém, olhando por outro lado, quando reparamos alguns fãs descontrolados, percebemos que o fanatismo de The Following, ainda que bem piorado, é mais próximo da nossa realidade do que imaginávamos e por essa construção de The Following, exibindo e explorando de forma criativa um problema atual, vemos uma série com um roteiro muito bom.

Embora eu esteja cansado de elogiar The Following, é algo que eu não posso deixar de fazer, quando o trabalho é bem feito, quando o roteiro é bem escrito, quando as cenas são bem montadas e quando a atuação é boa. É aquele estilo de série que sabe fazer um mix de gostos e agradar a boa parte do público, seu roteiro é inteligente e em contrapartida não foge dos clichês exigidos por um público menos exigente. Logo é uma série que foi feita para todos e apresenta pontos de vista distinto entre eles.

E como não gostar de Carroll? Como não amar um vilão tão bem construído, cheio de artimanhas e uma frieza constante?  Como não sorri com a terrível falta de emoção em algumas cenas? E como não gostar ainda mais quando eles aparecem, naquela sequencia divertida e emocionante que foi o final? Joe estava reunido com os seus seguidores e pairava sobre ele o pequeno Joey, e a pergunta, o que vai acontecer com o garoto, será uma cópia do pai, com ideias implantas por este? Ou será um menino, que preservará o exemplo da mãe? Ou vai ser resgatado? São essas possibilidades que tornam a série ainda mais interessante, porém, é quando o roteiro foge de qualquer previsibilidade é que ele fica espetacular.

Estávamos todos esperando Joe preso em algum dos carros, eu, por exemplo, fazia a minha aposta de que ele ainda estava preso, outros, acreditavam que ele estava no carro do diretor, em nenhum momento chegou a passar na minha mente que o rapaz já estava bem longe dali e um BOOM nas nossas mentes, a falta de obviedade é o que causa este efeito e esse tipo de escolha do roteiro é algo a ser aplaudido de pé. E advogada ficou sem função e o que Kevin faz com personagens que viram desnecessários? Os matam.

O resto da sequência para pegar o assassino se torna aquela típica perseguição que já vemos na série, não incomoda, longe disso. Só não surpreende mais, mesmo, talvez, quando ela vem cheia de artifício (matar uma testemunha de modo tão natural, que soa como algo banal). Os discursos dos dois já é algo também repetido, não interfere a qualidade, mas também não acrescenta, até porque já sabemos, Ryan é o herói, Joe o vilão e o contador de histórias.

Novamente o pentelho do Joey mostra que é um ótimo ator mirim, de fato, a maioria do público ama as crianças, de modo que nada podem acontecer com elas sem gerar um reboliço completo. Mas este menino consegue ter uma atuação tão divertida, tão simples e tão verdadeira, que todas as suas cenas são excelentes. E a personalidade do personagem, curioso, intrometido, irritante e contestador  todas as qualidades que devem e podem fazer não só Emma, como toda seita se preocupar.

Por fim Claire, que está agora tomando o lugar de Joe e indo para um lugar desconhecido, presa não digo de fato, porque desde o inicio da série que Claire está acorrentada, porém agora o perigo mudou um pouco mais, agora ela foge de um homem que mata várias meninas a sangue frio e consegue reunir dezenas de admiradores por cometer tal ato e isso, poucos conseguem.

The Following faz aquele episódio que não perde em nenhuma qualidade para o anterior, a tensão estava presente, a ação, o suspense, tudo reunido em um só , uma série que surpreende expectativas e consegue ter um ritmo excelente. Já foi renovada e a minha única dúvida é, conseguirá The Following fazer uma segunda temporada tão boa ou superior a esta? Terá história? Hoje, não me importo muito com isso, porque apenas por esta eu já fico feliz.