The Following: "Mad love" e "The Siege" 1x04 e 1x05
Antes de começar a review eu peço
desculpas por ela está sendo dupla, eu não gosto de escrever uma review dessa
forma, porque alguns fatos que soam irrelevantes ficam, devem e precisam ser
esquecidos, digamos assim, para não deixá-la muito extensa. O problema é que em
alguns casos um fato irrelevante, torna-se muito importante depois de um tempo
e é sempre bom citá-lo e especulá-lo.
1x04: Mad Love
Enfim, vamos falar do quarto
episódio de The Following, o classificando até então como um episódio
perturbado. Perturbado não apenas pela sua construção e desenvolvimento, mas
pelos seus próprios personagens que demonstram muito mais complexidade a medida
que o tempo passa, sendo assim, The Following ganha grande ponto, porque não se
faz de uma série que conquista o publico apenas pela sua história mas sim para
as pessoas que a habitam. Até mesmos os antagonistas tornam-se interessante aos
nossos olhos, podemos muitas vezes odiá-lo, sem nunca deixarmos de amá-lo.
É importante observar que a série, embora baseada nos
problemas entre Joe e Ryan, ela não se baseia apenas nisto e faz um trabalho
belíssimo quando se trata em relação aos coadjuvantes. Um assassino que nunca
matou. Não apenas uma história diferente, como um potencial um tanto duvidoso,
que, no entanto conseguiu transportar para tela um clima de tensão muito maior
do que aquele que já vinha sendo feito. A obrigação de matar uma mulher conduz
o próprio Jacob a merecimento da dúvida do que ele realmente é e neste ponto se
transforma em apenas um boneco de Paul e Emma, que juntos são muito piores do
que separados.
É necessário matá-la para que ele
esteja no grupo e, no entanto Jacob, não passa nem de longe a frieza carregada
pelos seus amigos, embora o mesmo problema psicológico. Eis que começa então um
amor entre três pessoas, que apenas traduz a veracidade de que os seguidores de
Carrol, são muito mais que apenas assassinos mandados, mas uma vertente
daqueles que o adoram.
Desta mesma forma se Faz Maggie,
que se posiciona ao sofrimento esperando ver Ryan sofrer, apenas pela pequena
regra olho por olho e dente por dente. Algo que se não for muito bem
trabalhado, vira uma grande novela mexicana. Mas The Following não se reduz a
isto e transparece uma capacidade criativa muito grande, que vem atrelada a um
clima muito intenso.
Fácil é notar que neste episódio
as coisas vão acontecendo de forma crescente,
onde o clima de suspense chega a ser muito mais proveitoso do que o
próprio clímax, neste caso, a morte de Maggie, ou a captura de Megan. Se faz
então uma série que sabe construir, não apenas os seus personagens, como é
completamente feliz em sua parte técnica, e alterna entre os momentos de tensão
e emoção de forma magnífica.
Vêm então aqueles flashbacks, que
o quais você entende e não aceita, algumas
atitudes dos personagens e de alguma forma é construtivo para que compreenda
como a mente dele funciona, embora já tenhamos conhecido Ryan o suficiente.
Espero, então que os próximos venham a ser de Paul, ou Jacob.
Por fim, novamente vejo um
episódio maravilhoso de The Following, bem estruturado, bem construído, que não
apenas agrada, mas que aumenta a expectativa para o próximo.
1x05: The Siege
E o quinto episódio não apenas
chega a ser esplendoroso, mas como traz a tona novamente todas as qualidades
que The Following já possui, e ali está a velocidade que a série possui, ela se
propõe a fazer algo no episódio e ela permanece, tem um inicio, um meio e um
fim totalmente interligados e este e um dos seus pontos positivos.
Magan ainda está viva, com a
necessidade de que Jacob a mate, o rapaz, no entanto permanece inativo em
relação a assassinatos, embora continue seguindo um verdadeiro psicopata, Jacob
é uma pedra no sapato para Emma e Paul, e se demonstra totalmente inseguro.
Usando a sua personalidade para atrapalhar o plano dos dois. Que por outro lado,
se erguem e se fortalecem de uma maneira crível, e formam uma dupla muito mais
interessante.
Mas este não é o foco e sim o
momento de tensão que se instala em The Following, uma advogada sem dedos, um
mãe desesperada, uma ligação, uma denúncia. Os quatro elementos se ligam e formam
o episódio que vimos. Sendo totalmente feliz, porque ela utiliza quatro
momentos, aparentemente sem uma ligação aparente e os une apenas com um
objetivo, libertar Joey e capturar Paul, Jacob e Emma.
Funciona tão bem que o episódio
possui quarenta minutos de pura tensão e ansiedade, até porque o seriado não se
preocupa em matar absolutamente nenhum personagem, a não ser Ryan. Logo, é
fácil acreditar que qualquer um ali está cotado de morte a qualquer momento,
por enquanto apenas três desconhecidos se subpuseram a esta pena, mas ainda
assim sentimos aquela sensação de Claire ou Joey podem ser a próxima vitima e
isso aumenta mil vezes mais o nível de tensão que o episódio já possuía.
Olhar como a história dá a volta
em torno de Joe Carroll, é também um fato maravilhoso de acompanhar, ainda mais
quando se trata de uma mente tão manipuladora quanto a dele, está mais que
claro que todos os seus seguidores são apenas peças do jogo, não é aquele tipo
de vilões que se importa com os que estão do seu lado. Para Carroll, eles são
uma pequena chave para algo que promete ser muito maior, sendo assim não o
machuca o desaparecimento nem a morte de nenhum deles.
E Ryan encontra Joey, que mostra
toa a sua ama de criança e luta, grita e esperneia e de certo modo, atrapalha
bastante o seguimento da situação para Emma e seus dois amantes. E quanto esse
moleque aprontou? Virando uma criança muito mais ativa do que já esperávamos. É
obvio que se é muito simples manipular uma criança, mas é impossível afastá-lo
da convivência da mãe sem que ele desperte curiosidade para saber o motivo.
Por fim o episódio termina bem em
meio ao seu clímax, deixando que assiste completamente desesperado para o
próximo, sabemos que Ryan não irá morrer, mas isso não impede de que Joey seja
capturado outra vez, ou que a moça do porão seja morta, ou que a advogada perca
mais um dedo, afinal, é a imprevisibilidade de The Following.