Fringe: "The Boy Must Live" 5x11 #FringeDayFinale
Como é bom chegar ao 98º episódio de uma série e ter a certeza de que todos os minutos que passou assistindo ela, valeram muito a pena.
Um episódio... esse episódio... que baita episódio. Sem palavras. Acho que por mais que eu caprichasse nessa review, ela não estaria a altura do que foi mostrado nesse episódio. Por mais que mencionasse todas as qualidades do episódio e da série, faltará algo a ser dito, pois, Fringe está bem acima de palavras. Talvez em 2609 possa existir um adjetivo a altura para descrevê-la.
E digo isso não apenas pelo que vimos em quarenta e poucos minutos de "The Boy Must Live". Incrível como o roteiro amarrou bem a trama da temporada e digo mais: da série. Foi como se nós tivéssemos tomado um comprimido fazendo tudo ter sentido. Tanto no sentido da trama em si, quanto no sentido referente ao motivo de assistir a série. Fringe nunca nos decepcionou e nunca vai nos decepcionar. Ouso dizer isso mesmo antes do fim, anunciado, temido e lamentado.
Logo de cara, acompanhamos a marca da temporada. Mais uma vez eles nos levam para o túnel do tempo, ou melhor, para dentro do tanque, aquele mesmo que fez-nos delirar nos primórdios da primeira temporada. Mais uma vez a nostalgia transcendeu. Dessa vez, Walter foi a pessoa que cedeu sua mente para uma causa nobre. O paradeiro de September. Mais uma vez eles misturam a nostalgia com os passos seguintes para evoluir a história. Mais uma vez, sensacional.
Era o passo a ser seguido. Fitas? Pra quê fitas quando se tem o paradeiro da pessoa que sabe do plano de cor e salteado? Contudo, a inserção das fitas nessa temporada não foi em vão. Como eles achariam September sem as fitas? Impossível. Além disso, serviram para adiantar as ações para que chegassem a esse momento armados, munidos "até os dentes". Facilmente a Resistência chegou à September, após Walter descobrir seu paradeiro, mas não foi fácil digerir a enxurrada de informações importantes passadas por ele, mas, foi maravilhoso.
September terminou de esclarecer o que faltava saber dos Observadores: seres humanos que tiveram todas as emoções retiradas para que tornassem seres com uma inteligência extremamente acima da média, mas que, foram surpreendidos com a evolução da humanidade. Sacrificaram as outras emoções por inteligência, tornando-se praticamente máquinas.
Interessante sabermos que eles começaram a ser criados em 2167, após a descoberta de um norueguês em busca da inteligência infinita, e, a partir dali, dando continuidade à produção de uma espécie que dominaria o mundo. Foram criados do futuro e começaram a viajar pelo tempo, voltando ao passado, voltando aos primórdios. Esse norueguês "apenas" canalizou os sentimentos humanos em pró-inteligência, porém, sem dar conta de que a humanidade alcançaria uma inteligência tão eficiente quanto e que as emoções retiradas fariam falta.
As emoções foram retiradas em tese, mas como vimos, parece que há uma parte do cérebro observer que ficaram resquícios de sentimentos com capacidade de florescimento. O auxiliar de Windmark batendo o pé ao som de jazz foi demais.
As emoções foram retiradas em tese, mas como vimos, parece que há uma parte do cérebro observer que ficaram resquícios de sentimentos com capacidade de florescimento. O auxiliar de Windmark batendo o pé ao som de jazz foi demais.
Interessante sabermos que September era um dos 12 cientistas originais que viajaram aos primórdios para observar a humanidade. O número 12 explica seu nome e dos demais. A dúvida quanto seu paradeiro pairava após descobrirmos que ele estava em posse dos observadores, porém, foram negligentes em apenas revertê-lo biologicamente. Retiraram seu dispositivo e concluíram a reversão com testes biológicos. Mas a sua maior arma ficou intacta. A sua memória.
Mas o mais interessante foi descobrirmos que Michael, conhecido como "anomalia" ou "defeito genético" nasceu através da doação de material genético feito por September, que, àquela altura, já adquiria sentimentos paternos, culminado em seu rapto, escondendo a "criança" no passado. Claro que o plano de mostrá-lo ao cientista norueguês, culminando na desistência da criação da espécie observer esteve sempre presente.
Por falar em plano, descobrimos a sua essência. Pra quê um imã gigante? Pra quê pedras vermelhas inúteis? Tudo faz sentido. Tudo fez sentido. A união das peças culminarão na construção de um dispositivo para que possam mandar Michael para o futuro, para que os cientistas desistam de criar essa raça detestável. Sendo assim, tudo que foi "alterado" pelos Observadores serão extintos. Os universos sofrerão uma espécie de reboot, trazendo de volta a 'vida' na terra, além das pessoas queridas de volta.
Sendo assim, a possibilidade da morte de Walter para que o plano funcione, não soou tão dramática assim, pois, caso dê certo, poderemos ter um mundo com todos vivendo felizes para sempre. Ou não! Vai depender muito das mudanças que ocorrerão devido às intromissões, aos seus protocolos de suspensão.
Seria lamentável caso mais alguém da nossa eterna Fringe Division morresse, principalmente se eles conseguirem (claro que vão) "destruir" os Observadores. Contudo, é bom prepararmos para o pior, pois, uma morte digna, necessária por uma causa como essa, deverá ser absorvida.
Mas como sempre, como tudo em Fringe nunca foi um mar de flores, independente da timeline, tem sempre que acontecer uma m... pra nos deixar preocupados. Michael, a peça fundamental do plano foi capturado pelos Observadores, ou melhor, ele se entregou. Que pirralho! Mas, porém, contudo e todavia, não podemos olhar por esse lado ainda, pois, burro aquele pirralho não é. Pelo contrário. Põe contrário nisso! Acredito que o "garoto" tem um plano em mente. Que plano?
Isso e muito mais só saberemos no último episódio da série. É semana que vem, o grande fim de uma série que já vai ficar pra história. Será épico, tenho certeza. Um episódio duplo que promete trazer muita ação, tensão, emoção. Ao longo da semana vamos postar os easter eggs e curiosidades desse episódio e até a próxima sexta, data do fim de Fringe, postaremos um texto especulando o fim dessa, que já é uma das melhores séries de todos os tempos.
Até lá!
Nota 1000
PS: "Fringe é como se fosse uma obra de arte. Uma pintura, por exemplo. Não se pode reclamar do artista antes dele ter terminado a sua arte."
PS: "Fringe é como se fosse uma obra de arte. Uma pintura, por exemplo. Não se pode reclamar do artista antes dele ter terminado a sua arte."
Mas antes, fique com a sensacional e explosiva promo (com legendas e spoilers) do series finale.
Por Fábio Lins